O Diagrama
de Ishikawa, também conhecido como Diagrama
de Causa e Efeito, Diagrama
Espinha de peixe ou Diagrama 6M e 4P (ver abaixo), é uma ferramenta gráfica
utilizada pela Administração para o
gerenciamento e o Controle
da Qualidade (CQ) em processos diversos de manipulação das fórmulas. Originalmente proposto pelo engenheiro químico Kaoru
Ishikawa em 1943 e aperfeiçoado
nos anos seguintes. O Diagrama
de Causa e Efeito, também chamado de “Diagrama de Ishikawa” ou “Diagrama
Fishbone”, tem como objetivo
facilitar a identificação das causas de problemas que devem ser sanados ou
mesmo os fatores que levam a determinado resultado
que desejamos obter através da representação gráfica.
Para elaborar o diagrama, Ishikawa definiu as chamadas “causas principais” de qualquer problema, que
também são chamadas de 6 M’s e 4 P's: “mão de obra”, qualquer fator relacionado à falha
humana ou relacionado às pessoas; “materiais”, problemas ou fatores
relacionados com componentes, insumos ou matérias-primas; “máquinas”, problemas
ou fatores relacionados com equipamentos; “métodos”, problemas ou fatores
relacionados com métodos; “meio ambiente”, problemas ou fatores relacionados
com meio/local; “medição”, problemas ou fatores relacionados com controle do
processo, monitoramento; "política"; "procedimentos"; "pessoal" e "planta". A seguir, as etapas para a construção do diagrama:
1. Defina o problema ou o tema que será abordado no diagrama e o
objetivo, mas evite usar termos muito abstratos ou genéricos;
2. Reúna informações sobre o problema ou tema abordado;
3. Selecione um grupo (de pessoas que estejam relacionadas ao
problema/tema) para ajudar na elaboração do diagrama, apresente
os fatos e discutam o problema/tema pedindo que cada um dê sua opinião
(brainstorming);
4.
Organize todas as informações em poucas palavras e estabeleça as
causas principais eliminando o que for desnecessário e monte o diagrama
identificando as causas de acordo com os 6 M’s;
Em sua estrutura, as causas dos problemas (efeitos)
podem ser classificados como sendo de seis tipos diferentes (o que confere a
esse diagrama o nome alternativo de "6M" e "4P"):
- Método: toda a causa envolvendo o método que estava sendo executado o trabalho;
- Matéria-prima: toda causa que envolve o material que estava sendo utilizado no trabalho;
- Mão de obra: toda causa que envolve uma atitude do colaborador (ex: procedimento inadequado, pressa, imprudência, ato inseguro, etc.)
- Máquinas: toda causa envolvendo á máquina que estava sendo operada;
- Medida: toda causa que envolve uma medida tomada anteriormente para modificar o processo, etc.;
- Meio ambiente; toda causa que envolve o meio ambiente em si ( poluição, calor, poeira, etc.)e o ambiente de trabalho (layout, falta de espaço, dimensionamento inadequado dos equipamentos, etc.).
O sistema permite estruturar hierarquicamente as
causas potenciais de determinado problema ou oportunidade de melhoria, bem como
seus efeitos sobre a qualidade dos produtos. Permite também estruturar qualquer
sistema que necessite de resposta de forma gráfica e sintética (isto é, com
melhor visualização).
O diagrama pode evoluir de uma estrutura
hierárquica para um diagrama de relações, uma das sete ferramentas do Planejamento
da Qualidade desenvolvidas por Ishikawa, que apresentam uma estrutura mais
complexa e não hierárquica.
Ishikawa observou que, embora nem todos os
problemas pudessem ser resolvidos por essas ferramentas, ao menos 95% poderiam
ser, e que qualquer trabalhador fabril poderia efetivamente utilizá-las. Embora
algumas dessas ferramentas já fossem conhecidas havia algum tempo, Ishikawa as
organizou especificamente para aperfeiçoar o Controle de Qualidade Industrial
nos anos 60.
Talvez o alcance maior dessas ferramentas tenha
sido a instrução dos Círculos de Controle de Qualidade
(CCQ). Seu sucesso
surpreendeu a todos, especialmente quando foram exportados do Japão para o
ocidente. Esse aspecto essencial do Gerenciamento da Qualidade foi responsável
por muitos dos acréscimos na qualidade dos produtos japoneses e,
posteriormente, muitos dos produtos e serviços de classe mundial.
O Diagrama de Ishikawa pode também ser utilizado na
verificação e validação de software.
Não há limites para a utilização do diagrama de
Ishikawa. As empresas que preferem ir além dos padrões convencionais podem identificar
e demonstrar em diagramas específicos a origem de cada uma das causas do
efeito, isto é, as causas das causas do efeito. A riqueza de detalhes pode ser
determinante para uma melhor qualidade dos resultados do projeto. Quanto mais informações sobre os problemas
da empresa forem disponibilizadas, maiores serão as chances de se livrar deles.
Essa ferramenta dá ao usuário uma lista de itens
para serem conferidos por meio do qual se consegue uma rápida coleta de dados
para várias análises. Essas informações são utilizadas para se obter uma
localização da causa dos problemas.
Um diagrama de causa e efeito bem detalhado tomará
a forma de uma "espinha de peixe" (daí, inclusive, o nome alternativo
de "Diagrama Espinha de Peixe"). A partir de uma definida lista de
possíveis causas, as mais prováveis são identificadas e selecionadas para uma
melhor análise. Ao examinar cada causa, o usuário deve observar fatos que
mudaram, como por exemplo, desvios de norma ou de padrões. Deve se lembrar de
também de eliminar a causa e não o sintoma do problema, além de investigar a causa e seus contribuidores tão
fundos quando possível.
O que contém o diagrama:
I.
Cabeçalho: Título, data, autor (ou grupo de trabalho).
II.
Efeito: Contém o indicador de qualidade e o enunciado do projeto (problema). É
escrito no lado direito, desenhado no meio da folha.
III.
Eixo central: Uma flecha horizontal, desenhada de forma a apontar para o efeito.
Usualmente desenhada no meio da folha.
IV.
Categoria: representa os principais grupos de fatores relacionados com efeito. As
flechas são desenhadas inclinadas, as pontas convergindo para o eixo central.
V.
Causa: Causa potencial, dentro de uma categoria que pode contribuir com o
efeito. As flechas são desenhadas em linhas horizontais, aportando para o ramo
de categoria.
VI.
Sub-causa: Causa potencial que pode contribuir com uma causa específica. São
ramificações de uma causa.
O efeito ou problema é fixo no lado direito do
desenho e as influências ou causas maiores são listadas do lado esquerdo.
1) Para identificar as informações a
respeito das causas do seu problema;
2) Para organizar e documentar as causas
potenciais de um efeito ou característica de qualidade;
3) Para indicar o relacionamento de cada
causa e subcausa as demais e ao efeito ou característica de qualidade;
4) Reduzir a tendência de procurar uma
causa "Verdadeira", em prejuízo do desconhecido, ou esquecimento de
outras causas potenciais.
5) Ajuda a enfocar o aperfeiçoamento do
processo;
6) Registra visualmente as causas
potenciais que podem ser revistas e atualizadas;
7) Provê uma estrutura para o
brainstorming;
8) Envolve todos.
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DIAGRAMA DE ISHIKAWA
O Diagrama de Ishikawa também
conhecido como Diagrama de Causa e Efeito ou Espinha de Peixe permite
estruturar hierarquicamente as causas de determinado problema ou
oportunidade de melhoria. Pode ser utilizado também com outros propósitos, além
do apresentado, por permitir estruturar qualquer sistema que resulte em
uma resposta (uni ou multivariada) de forma gráfica e sintética.
As causas de um problema podem ser
agrupadas, a partir do conceito dos 6M e 4P, como decorrentes de falhas
em: materiais, métodos, mão de obra, máquinas, meio ambiente,
medidas.
O uso dos 6M e 4P pode ajudar a identificar
as causas de um problema e servir como uma estrutura inicial para facilitar o
raciocínio na análise desse.
A restrição devida à estrutura
hierárquica (não relacional) muitas vezes é irrelevante, principalmente
nas primeiras abordagens. O Diagrama de Ishikawa pode evoluir para um Diagrama
de Relações (uma das sete ferramentas do Planejamento da Qualidade ou Sete
Novas Ferramentas da Qualidade) que já apresenta uma estrutura mais complexa,
não hierárquica.
Existem outras formas de agrupamento.
Por exemplo, num programa de melhoria da qualidade para matéria-prima na indústria
sucroalcooleira (Sarriés, 1997) as causas do aumento da quantidade de terra
aderida na cana-de-açúcar que é levada para a indústria foram agrupadas segundo
a Figura 3. A terra é altamente prejudicial para a indústria, aumentando custos
e depreciando os produtos finais.
Figura 3. Diagrama de Ishikawa com os
principais fatores que influenciam a quantidade de terra em
cana-de-açúcar
Podemos observar que treinamento dos carregadores, tipo de carregadeira, pressa no carregamento e disposição da carga estão subordinados à causa carregamento.
Essa ferramenta pode ser implementada em qualquer
software com recurso gráfico como por exemplo, Word, Power Point, Paint Brush,
etc.
Uma alternativa frequentemente
utilizada por nossa equipe para problemas complexos, adaptada dos Diagramas
Hierárquicos de Blocos (Sarriés, 1989), é o desdobramento das causas em
diagramas secundários, com o propósito de não construir diagramas
excessivamente carregados. Dessa maneira o diagrama apresentado na Figura 3
poderia ser simplificado, como na figura 4, sendo gerados alguns diagramas
secundários como os das Figuras 5 e 6, onde as causas principais passam a
ser efeito.
Figura 4. Diagrama de
Ishikawa simplificado
Figura 5. Diagrama de
Ishikawa desdobrado da Figura 4
Figura 6. Diagrama de
Ishikawa desdobrado da Figura 4
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