Uma visão romântica que não tem mais finalidade:
Ainda se discute aqui no Brasil qual a melhor definição para o termo: Logística.
Lógico que, para isso, precisa-se entender que a afirmação pode ser relativa. Há muitas empresas que empregam e utilizam a Logística de uma forma mais moderna e cabal. Efetivam-se princípios acadêmicos e corretos e buscam inovações que aperfeiçoem as práticas logísticas. Porém, para alguns, a melhor definição de Logística ainda é entendida como um caminhão na estrada transportando alguma coisa de lá para cá. Não conseguem entender que a movimentação e transporte de mercadorias é uma parte logística e não o seu todo.
Princípios já superados pelo aperfeiçoamento de novas técnicas e tecnologias ainda não se incorporaram a esse pensamento. Assim, princípios adequados da arte administrativa ficaram restritos, talvez, a mera informação Fordista, ou, se houve aperfeiçoamento, ainda estão no degrau ocupado por Taylor. Falta muito para alcançar Peter Druker e pensadores mais modernos.
Ao contemplarmos a Logística Integrada Empresarial (ou Industrial, conforme queiram chamá-la) precisamos adequar nossas práticas e nosso pensamento a esse desenvolvimento ocorrido e contemplado na linha do tempo.
Uma visão rápida do desenvolvimento logístico:
Quando começou esse negócio? Lógica!
Temos de remontar a história. Nela – nas páginas da História – contemplaremos tanto o surgimento quanto ao desenvolvimento do processo logístico.
Um pouco de história não faz mal!
Desde a antiguidade os líderes militares já utilizavam da logística para tramar suas guerras e “escapadelas” (prostituições).
As guerras eram longas e geralmente distantes. Deslocamentos de recursos, tropas, armamentos e carros de guerra pesados aos locais de combate eram necessários. Para isso carecia de planejamento, organização e execução de tarefas logísticas que envolviam a definição de uma rota, nem sempre aquela mais curta, pois também careciam de fonte de água potável próxima, transporte, armazenagem e distribuição de equipamentos e suprimentos.
Na antiga Grécia, Roma e no Império Bizantino os militares – somente aqueles que ostentavam o título de Logistikas – eram os responsáveis por garantir recursos e suprimentos para a guerra. Eram os estrategistas e planejadores.
Carl von Clausewitz dividia a Arte da Guerra em dois ramos: a tática e a estratégia. Não falava especificamente da logística, porém reconheceu que "em nossos dias, existe na guerra um grande número de atividades que a sustenta (...), que devem ser consideradas como uma preparação para esta".
Quem foi Carl Phillip Gottlieb von Clausewitz (Burg, 1 de junho de 1780 —
Breslau, 16 de novembro de 1831)? Foi um militar da Prússia (hoje parte da Alemanha) que ocupou o posto de general e é considerado um grande estrategista militar e teórico da guerra.
É a Antoine-Henri Jomini, ou simplesmente Jomini, contemporâneo de Clausewitz, que se deve, pela primeira vez, o uso da palavra "logística", definindo-a como "a ação que conduz à preparação e sustentação das campanhas", enquadrando-a como "a ciência dos detalhes dentro dos Estados-Maiores".
Quem foi Antoine-Henri Jomini? Barão Antoine-Henri Jomini, foi o principal
teórico militar da primeira metade do século XIX, tendo participado das
campanhas napoleônicas. Escreveu “Sumário da Arte da Guerra” em
1836, onde dividiu a arte da guerra em cinco atividades: estratégia,
grande tática, logística, engenharia e tática menor.
Em 1888, o Tenente Rogers introduziu a Logística, como matéria, na Escola de Guerra Naval dos Estados Unidos da América. Entretanto, demorou algum tempo para que estes conceitos se desenvolvessem na literatura militar. A realidade é que, até a 1ª Guerra Mundial, raramente aparecia a palavra Logística, empregando-se normalmente termos tais como Administração, Organização e Economia de Guerra 3.
A verdadeira tomada de consciência da logística como ciência teve sua origem nas teorias criadas e desenvolvidas pelo Tenente-Coronel Thorpe, do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos da América que, no ano de 1917, publicou o livro "Logística Pura: a ciência da preparação para a guerra". Segundo Thorpe, “a estratégia e a tática proporcionam o esquema da condução das operações militares, enquanto a logística proporciona os meios". Assim, pela primeira vez, a logística situa-se no mesmo nível da estratégia e da tática dentro da Arte da Guerra.
O Almirante Henry Eccles, em 1945, ao encontrar a obra de Thorpe empoeirada nas estantes da biblioteca da Escola de Guerra Naval, em Newport, comentou que, se os EUA seguissem seus ensinamentos teriam economizado milhões de dólares na condução da 2ª Guerra Mundial. Eccles, Chefe da Divisão de Logística do Almirante Chester Nimitz, na Campanha do Pacífico, foi um dos primeiros estudiosos da Logística Militar, considerado, portanto, como o "pai da logística moderna".
Até o fim da Segunda Guerra Mundial a Logística esteve associada apenas às atividades militares. Após este período, com o avanço tecnológico e a necessidade de suprir os locais destruídos pela guerra a Logística passou também a ser adotada pelas organizações e empresas civis.
A Logística no processo industrial:
Fundamentalmente a logística possui uma visão organizacional holística, ou como eu costumo instruir meus alunos, episcópia, do grego epi “de cima" e skopos "visão - ver" significando que a visão dever ser de cima, proporcionando uma "supervisão", portanto sendo holística ou episcópica, a visão que se deve ter da empresa é no seu todo e jamais somente de suas partes.
A logística militar, geralmente conhecida como serviço de apoio ao combate, está normalmente dirigida à condições desconhecidas, como as previsões incertas. Estas podem reduzir a incerteza sobre os fornecimentos e serviços que serão necessários, onde e quando serão necessários ou mesmo a melhor maneira de os fornecer.
A logística militar compreende o tempo e espaço em guerra: equipando, fornecendo, movimentando e mantendo os exércitos (Huston, 1988, p.7). O trabalho dos economistas na logística militar é calcular o custo de guerra para um país (Kane, 2001, p.2).
A departamentalização da empresa foi efetuada com a finalidade de administrar os recursos materiais, financeiros e pessoais, onde exista movimento na empresa, gerenciando desde a compra e entrada de materiais, o planejamento de produção, o armazenamento, o transporte e a distribuição dos produtos, monitorando as operações e gerenciando informações visando lucro.
Vivemos uma época em que a sociedade é cada vez mais competitiva, dinâmica, interativa, instável e evolutiva. Exige-se uma adaptação a essa realidade cada vez mais necessária para que as empresas consigam conquistar e fidelizar clientes. A globalização e o curto ciclo de vida dos produtos obrigam as empresas a inovarem rapidamente nas suas técnicas de gestão. Os produtos rapidamente se tornam commodities, quer em termos de características intrínsecas do próprio produto, quer pelo preço, pelo que cada vez mais a aposta na diferenciação deve passar pela otimização dos serviços, superando a expectativa de seus clientes com atendimentos rápidos e eficazes.
Commodity é um termo de língua inglesa que, assim como o seu plural commodities, significa mercadoria. É utilizado nas transações comerciais de produtos de origem primária nas bolsas de mercadorias. Usada como referência aos produtos de base em estado bruto (matérias-primas) ou com pequeno grau de industrialização, de qualidade quase uniforme, produzidos em grandes quantidades e por diferentes produtores. Estes produtos "in natura", cultivados (soft commodity) ou de extração mineral (hard commodity), podem ser estocados por determinado período sem perda significativa de qualidade. O que torna os produtos de base muito importantes na economia é o fato de que, embora sejam mercadorias primárias, possuem cotação e negociabilidade globais; portanto, as oscilações nas cotações destes produtos de base tem impacto significativo nos fluxos financeiros mundiais, podendo causar perdas a agentes econômicos e até mesmo a países. O mercado de derivativos surgiu como uma proteção aos agentes econômicos contra perdas provocadas pela volatilidade nas cotações dos produtos de base.
O tempo em que as empresas apenas se orientavam para vender os seus produtos sem preocupação com as necessidades e satisfação dos clientes terminou. Hoje já não basta satisfazer; é necessário encantar.
Os consumidores são cada vez mais exigentes em qualidade, rapidez e muito sensíveis aos preços, obrigando as empresas a uma eficiente e eficaz gestão de compras, gestão de produção, gestão logística e gestão comercial.
Tendo consciência desta realidade e dos avanços tecnológicos na área da informação, “é necessária uma metodologia que consiga planejar, implementar e controlar da maneira eficaz e eficiente o fluxo de produtos, serviços e informações desde o ponto de origem (fornecedores), com a compra de matérias primas ou produtos acabados, passando pela produção, armazenamento, stockagem, transportes, até o ponto de consumo (cliente)” (Alves, Alexandre da Silva; 2008; 14).
De forma simplificada podemos identificar este fluxo no conceito de Logística.No entanto, o conceito de Logística tem evoluído ao longo dos anos. A partir da década de 80 surgiu o conceito de logística integrada “impulsionada principalmente pela revolução da tecnologia de informação e pelas exigências crescentes de desempenho em serviços de distribuição”. Pela definição do Council of Supply Chain Management Professionals, "Logística é a parte do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que planeja, implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e econômico de matérias-primas, materiais semi-acabados e produtos acabados, bem como as informações a eles relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes" (Carvalho, 2002, p. 31).
Para que esse gerenciamento seja efetuado corretamente há todo um ferramental que a Logística utiliza. Entre tantos ferramentais citamos:
O WMS, Warehouse Management System, em português - literalmente: sistema de automação e gerenciamento de depósitos, armazéns e linhas de produção. O WMS é uma parte importante da cadeia de suprimentos (ou supply chain) e fornece a rotação dirigida de estoques, diretivas inteligentes de picking, consolidação automática e cross-docking para maximizar o uso do valioso espaço do armazém.
O TMS, Transportation Management System, que é um software para melhoria da qualidade e produtividade de todo o processo de distribuição. Este sistema permite controlar toda a operação e gestão de transportes de forma integrada. O sistema é desenvolvido em módulos que podem ser adquiridos pelo cliente, consoante as suas necessidades (Gasnier et al., 2001).
O ERP, Enterprise Resource Planning ou SIGE (Sistemas Integrados de Gestão Empresarial, no Brasil) são sistemas de informação que integram os dados e processos de uma organização em um único sistema. A integração pode ser vista sob a perspectiva funcional (sistemas de: finanças, contabilidade, recursos humanos, fabricação, marketing, vendas, compras, etc) e sob a perspectiva sistêmica (sistema de processamento de transações, sistemas de informações gerenciais, sistemas de apoio a decisão, etc).
O MRP, Material Requirement Planning (planejamento das necessidades de materiais, PNR).
Há outros ferramentais não declinados aqui.
Nossa intenção nesse trabalho é nos dedicarmos com exclusividade ao WMS, portanto, mesmo entendendo o perigo da flagmentação do tema, se necessário tocaremos nos demais ferramentais de soslaio, mas, dedicando o tempo necessário a estudar apenas a área desmembrada do armazenamento.
Vamos, portanto ao que intentamos. E que a terra nos seja leve!
terça-feira, 20 de agosto de 2013
sexta-feira, 9 de agosto de 2013
Cadeia Logística - Primeiro Artigo sobre esse assunto
Amadas e amados:
Vamos a um novo artigo: vamos falar um
pouco sobre um assunto interessante (aliás, se não fosse interessante e
necessário eu nem me atreveria a perder tempo escrevendo e publicando).
Vamos falar sobre o timing logístico.
Então vamos ao que interessa:
A gestão da cadeia logística, (do inglês: Supply Chain Management), também
conhecida como gestão da cadeia de suprimentos, ou, gestão da cadeia
de fornecimento, pipeline logístico ou rede
logística, tem, desde o final dos anos 1980, adquirido bastante popularidade,
apesar de existir uma grande confusão sobre o seu significado. Muitas pessoas
utilizam esta noção como um substituto ou sinônimo de logística. No entanto, a definição de gestão da cadeia logística é
mais abrangente que o conceito de logística.
A gestão da cadeia
logística é a integração dos processos do negócio do consumidor através
dos fornecedores de produtos, serviços e informação, com o objetivo de
acrescentar valor para o cliente (Lambert et al., 1998, p. 504). Na cadeia logística
padrão as matérias-primas são procuradas e os bens são produzidos em
uma ou mais fábricas, transportadas para armazéns como armazenamento
intermédio (ou intermediário), e depois transportadas para os retalhistas (ou vendedores, que são os profissionais da área de vendas responsáveis l pela troca de um produto ou serviço por um determinado valor) ou clientes.
As estratégias utilizadas para obter uma cadeia
logística eficaz consideram as interações entre os vários níveis da cadeia
logística, de forma a reduzir o custo e melhorar o serviço prestado.
A cadeia logística consiste nos fornecedores,
centros de fabricação, armazéns e centros de distribuição, assim como matérias-primas,
produtos no processo de fabricação, e produtos finais que circulam entre as
fábricas.
Assim a gestão da
cadeia logística consiste numa série de aproximações utilizadas para integrar eficazmente fornecedores,
fabricantes e lojas, para que a mercadoria seja
produzida e distribuída nas quantidades ideais, na localização certa
e no tempo correto, com o objetivo de satisfazer o nível de serviço e diminuir
os custos ao longo do sistema (Simchi-Levi et al., 2003, p. 1).
A cadeia logística
não é composta apenas de movimentação de produtos físicos entre empresas.
Envolve, também, o fluxo de informação e
capitais entre as mesmas companhias.
“A comunicação é
um fator chave para a manutenção e gestão da cadeia logística. Os membros da
cadeia logística têm de fazer tudo o que estiver ao seu alcance para melhorar
as operações da cadeia, pois são essas medidas que permitem reduzir os custos e
aumentar as receitas” (Fredendall et al., 2001, p.
4).
Como se dá a evolução da Cadeia Logística?
Vamos entender que a cadeia logística seja o
grupo de fornecedores que supre as necessidades de uma empresa na
criação e no desenvolvimento dos seus produtos.
Pode ser entendida também como uma forma de colaboração entre fornecedores,
retalhistas e consumidores para a criação de valor.
Cadeia logística pode ser definida como o ciclo da vida dos processos que
compreendem os fluxos físicos, informativos, financeiros e de conhecimento,
cujo objetivo é satisfazer os requisitos do consumidor final com produtos e serviços de
vários fornecedores ligados. A cadeia logística, no entanto, não está
limitada ao fluxo de produtos ou informações no sentido Fornecedor → Cliente.
Existe também um fluxo de informação, de reclamações e de produtos, entre
outros, no sentido Cliente → Fornecedor (Ayers, 2001, p. 4-5).
As empresas e organizações começaram
a captar e a adotar a mensagem logística apenas nos primórdios do século XX (Carvalho
et al., 2004, p. 52).
Nos anos 1960, a logística tinha, principalmente,
uma vertente operacional, isto é, era vista como sistema de
atividades integradas. Nos anos 1970, passou a ser caracterizada por ter uma
área funcional e estratégica. Já nos anos 1980, a logística passa a ser vista
como serviço; começam a aparecer os sistemas logísticos de informação e
a logística como pipeline total e, nos anos 1990 surge a gestão da
cadeia logística (Carvalho, 2002, p. 32). Finalmente, na atualidade, a
função logística interage basicamente com quatro setores das empresas:
a)
marketing,
b)
finanças,
c)
controle da produção e
d)
gestão de recursos
humanos criando assim, uma rede logística (Gomes et
al., 2004, p. 15).
No entanto, em pleno século XXI, o conhecimento, exploração e
aplicação empresarial da logística, ainda estão longe dos tempos da logística
aplicada em estratégias de guerra (Carvalho et al., 2004, p. 52).
Cadeia logística
interna
A cadeia logística interna é a parte da
cadeia logística que ocorre no interior de uma organização (Handfield,
2002, p.48-49).
Dada a organização de estruturas internacionais,
mutidivisionais, em muitos negócios, é habitual a cadeia logística interna ter
ligações espalhadas pelo mundo, podendo, por isso, estas cadeias serem
complexas.
De modo a desenvolver e compreender a cadeia
logística interna é necessário recorrer à gestão da cadeia logística (SCM). Por
vezes, os funcionários de uma dada divisão da empresa, veem as outras divisões
da mesma empresa do mesmo modo como veem os consumidores ou os fornecedores; essa
visão, por vezes, causa conflitos entre as várias divisões de uma mesma empresa.
A utilização e desenvolvimento de mapas de processo
(cartas de fluxo) ajudam a melhor compreender a cadeia logística interna das
cadeias logística maiores. Este desenvolvimento é mais eficaz se forem
utilizadas equipes com elementos das várias divisões.
De modo a facilitar o processo de mapeamento das atividades,
cada membro da equipa deve receber instruções acerca da convenção de mapeamento
a ser utilizada, bem como outras informações necessárias. Cada membro da equipa
deve registrar cada passo da parte da cadeia logística que representa,
juntamente com informações de desempenho.
Após todos os passos terem sido registrados pelos membros da equipe, essas informações
recolhidas são expostas numa reunião com todos os membros, de modo a proceder à
elaboração do mapa da cadeia de fornecimento interna.
O comprador definitivamente passa a ter total
visualização de todo o processo.
Participantes na
cadeia logística
A cadeia logística é composta por grupos básicos de
participantes. É composta pelos seus clientes e fornecedores, criando assim uma
cadeia logística simples. As cadeias logísticas prolongadas contêm os
fornecedores dos fornecedores, ou os fornecedores finais, no início da cadeia
logística prolongada. Contém, também, os clientes dos clientes, ou os clientes
finais, no final da cadeia logística prolongada assim como empresas que
fornecem serviços a outras empresas da cadeia logística. Estas fornecem serviços
em logística, finanças, marketing e informações tecnológicas.
Figura 1 Um diagrama da cadeia logística. A seta preta
acima representa o fluxo de materiais e a seta cinzenta abaixo representa o
fluxo de informação. Os elementos são (a) fornecedor final, (b) fornecedor, (c)
produtor, (d) cliente, (e) cliente final.
Existem empresas na cadeia logística que
desempenham funções diferentes. Umas empresas são produtores, distribuidores ou revendedores;
outras empresas ou individuais são clientes (consumidores finais de um determinado
produto). Suportando essas empresas existem outras que lhes proporcionam os
serviços necessários (Hugos, 2003, p. 23-24).
Produtores
Os fabricantes de produtos são empresas que
produzem matérias-primas e empresas que fabricam produtos finais. Os produtores
de matérias-primas são organizações que exploram as minas para obterem os minerais,
realizam as perfurações na superfície terrestre para obter petróleo ou gás ou
procedem ao corte de árvores. Estas organizações são das mais variadas
áreas, tais como: de agricultura, criação de animais ou pesca.
Esses fabricantes de produtos finais usam as matérias-primas ou subconjuntos
dos outros produtores para criarem os seus próprios produtos.
Os fabricantes podem criar produtos considerados “ativos
intangíveis” como: a música, entretenimento, software ou projetos.
Um produto pode ser um serviço como: cortar a grama, limpar um escritório, efetuar
uma cirurgia ou ensinar uma dada matéria (Hugos, 2003, p. 24).
Distribuidores
Os distribuidores são conhecidos como revendedores.
Buscam, em grande volume, stocks aos
produtores para entregar aos clientes, ou seja, vendem os produtos em
quantidades superiores às que um consumidor normalmente compra. Os
distribuidores protegem os produtores das flutuações da procura de um produto
com o armazenamento de stocks.
Para o cliente, o distribuidor entrega o produto onde e quando eles desejam ou
necessitam.
O distribuidor é, particularmente, uma organização
que controla stocks de
produtos, que compra de produtores e depois vende a consumidores. Esta
organização tem várias funções, como promoção e vendas do produto,
administração de stocks,
operações de armazenamento, transporte do produto, suporte ao cliente e serviço
pós-venda.
Um distribuidor pode ainda ser uma organização intermediária entre o
fabricante e o cliente, desempenhando, principalmente, as funções de promoção e
venda do produto, sem nunca tomar posse dele. Em ambos os casos, enquanto que
as exigências dos clientes evoluem e a escala de produtos disponíveis muda, o
distribuidor é o agente que, continuamente segue as necessidades do cliente e
as combina com os produtos disponíveis (Hugos, 2003, p. 24-25).
Retalhistas
Os retalhistas são uma organização que controla de
perto as preferências e a procura dos clientes. Eles armazenam os estoques e
vendem em quantidades pequenas ao público geral.
Utilizam uma combinação de preços,
seleção do produto, serviço e conveniência, para atrair os clientes. Existem
lojas que oferecem uma linha única de produtos e altos níveis de serviço e
existem outras, como restaurantes de fast-food que utilizam a
conveniência e preços baixos como principal atração (Hugos, 2003, p. 25).
Clientes
Clientes ou consumidores são organizações que
compram ou usam determinados produtos. Um consumidor pode comprar um produto com
o objetivo de incorporar em outro, vendendo posteriormente a outro cliente. Por
outro lado, o cliente pode ser o utilizador/consumidor final do produto (Hugos,
2003, p. 25).
Fornecedores de
serviços
Os fornecedores de serviços são organizações que
fornecem serviços aos produtores, distribuidores, retalhistas e clientes.
Desenvolvendo uma perícia especial que se centra numa atividade particular da
cadeia logística, por essa razão desempenham os serviços mais eficientemente e
a um preço melhor que os produtores, distribuidores, retalhistas ou
consumidores poderiam fazer por si próprios.
Os fornecedores de serviços proporcionam diferentes
tipos de prestações como:
a.
Serviço de
transporte e armazenagem;
b.
Empréstimos e análise
de crédito;
c.
Pesquisa de mercado e consultoria;
d.
Projetos do produto,
serviços de engenharia, serviços legais e conselhos de gestão;
e.
Informações
tecnológicas e recolha de dados.
Todos estes fornecedores estão integrados nas
operações dos produtores, distribuidores, retalhistas e consumidores da cadeia
logística.
Ao longo do tempo, as necessidades da cadeia
logística permanecem, no conjunto, razoavelmente estáveis. O que muda é a
mistura dos participantes na cadeia logística, assim como os seus papéis. Em
algumas cadeias logísticas existem poucos fornecedores de serviços porque os
outros participantes desempenham estes serviços. Noutras cadeias logísticas, os
fornecedores de serviços especializados evoluíram, e, por isso, os outros
participantes recorrem à sua prestação em vez de realizarem a tarefa por si
próprios (Hugos, 2003, p. 26).
Vou encerrar esse artigo aqui para que ele não
fique muito extenso e interrompa o seu interesse.
Mas há muito mais coisas a serem vistas nessa área
e que voltarei logo mais com novos artigos.
Fiquem atentos.
C.R.Mettitier
Vamos aprender um pouco mais de Logística?
Amadas e amados:
Faz algum tempo que venho ensaiando
produzir algum artigo sobre o tema. Escrevi quando fui instrutor no SENAI-SP em
Barueri, uma apostila para automação de armazéns. E gosto de escrever. Sinto-me inspirado
quando faço isso. E sei que auxilio quem precisa, particularmente os meus
amigos e amigas, alunos e alunas que frequentam as minhas salas de aula.
Bom, então vamos trabalhar!
Logística é o tema de momento e o que isso
significa para nós?
Vamos desde o início?
O termo logística vem do grego logos (λόγος), significando
"discurso, razão, rácio,
racionalidade, linguagem, frase", mais especificamente da palavra
grega logistiki (λογιστική),
significando contabilidade e organização financeira. A palavra logística tem
a sua origem no verbo francês loger –
com o sentido de alojar ou acolher. Foi inicialmente usado para
descrever a ciência da movimentação,
suprimento e manutenção de forças militares no terreno. Posteriormente foi
usado para descrever a gestão do fluxo de materiais numa organização, desde a
matéria-prima até aos produtos acabados.
Considera-se que a logística nasceu da necessidade dos
militares em se abastecer com armamento, munições e rações, enquanto se
deslocavam da sua base para as posições avançadas. Na Grécia antiga, império
Romano e império Bizantino, os oficiais militares, com o título Logistikas, eram responsáveis pelos
assuntos financeiros e de distribuição de suprimentos.
O Oxford English Dictionary define logística como:
"O ramo da ciência
militar responsável por obter, dar manutenção e transportar
material, pessoas e equipamentos". Outra definição para logística é: "O
tempo relativo ao posicionamento de recursos". Como tal, a logística
geralmente se estende ao ramo da engenharia, gerindo sistemas humanos ao
invés de máquinas.
A logística, então, se
torna a área da gestão, que se responsabiliza por prover recursos, equipamentos e informações para a execução de
todas as atividades de uma empresa. A logística
está intimamente ligada às ciências humanas, tais como a administração, a economia,
a contabilidade, a estatística e o marketing, envolvendo diversos recursos da engenharia, tecnologia,
do transporte e dos recursos humanos.
Fundamentalmente a logística
possui uma visão organizacional holística,
onde esta administra os recursos materiais, financeiros e pessoais, onde exista
movimento na empresa, gerenciando desde a compra e entrada de materiais, o planejamento
de produção, o armazenamento, o transporte e a distribuição dos
produtos, monitorando as operações e gerenciando informações.
Pela definição do Council
of Supply Chain Management Professionals, "Logística é a parte do Gerenciamento da Cadeia de Abastecimento que
planeja, implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e econômico de
matérias-primas, materiais semi-acabados e produtos acabados, bem como as
informações a eles relativas, desde o ponto de origem até o ponto de consumo,
com o propósito de atender às exigências dos clientes" (Carvalho,
2002, p. 31).
Como ferramental, a logística utiliza (entre outros sistemas
e sub-sistemas):
O WMS, Warehouse Management
System, em português, literalmente: sistema
de automação e gerenciamento de depósitos, armazéns e linhas de produção. O
WMS é uma parte importante da cadeia de suprimentos (ou supply chain) e fornece a rotação
dirigida de estoques, diretivas inteligentes de picking, consolidação automática e cross-docking para maximizar o uso do valioso espaço dos
armazéns.
O TMS, Transportation Management System, que é um software
para melhoria da qualidade e produtividade de todo o processo de
distribuição. Este sistema permite controlar toda a operação e gestão de
transportes de forma integrada. O sistema é desenvolvido em módulos que podem
ser adquiridos pelo cliente, consoante as suas necessidades (Gasnier et al., 2001).
O ERP, Enterprise Resource Planning ou SIGE (Sistemas
Integrados de Gestão Empresarial, no Brasil) são sistemas de informação que
integram todos os dados e processos de uma organização em um único sistema. A
integração pode ser vista sob a perspectiva funcional (sistemas de: finanças,
contabilidade, recursos humanos, fabricação, marketing, vendas, compras, etc.) e sob a perspectiva sistêmica
(sistema de processamento de transações, sistemas de informações gerenciais,
sistemas de apoio à decisão, etc.).
O MRP, Material Requirement Planning (planejamento
das necessidades de materiais, PNR). O MRP é um sistema computarizado de
controle de inventário e produção que assiste e suporta a otimização da gestão
de forma a minimizar os custos, mas mantendo os níveis de material adequados e
necessários para os processos produtivos da empresa. Este sistema possibilita
às empresas calcularem os materiais dos diversos tipos que são necessários e em
que momento, assegurando os mesmo que sejam providenciados no tempo certo, de
modo a que se possam executar os processos de produção. O MRP utiliza como informação de input
os pedidos em carteira, assim como a previsão das vendas que provêm da área
comercial da empresa.
Com essa sistematização, a expansão da Informática e a globalização
ocasionada pelo advento da Internet, fez que a Logística se tornasse um ferramental irreversível no processo
logístico.
Acompanhe o raciocínio:
Numa época em que a sociedade é cada vez mais competitiva, dinâmica, interativa,
instável e evolutiva, a adaptação a essa realidade é, cada vez mais, uma
necessidade para que as empresas queiram conquistar e fidelizar os seus
clientes.
A globalização e o ciclo de vida curto dos produtos obrigam as empresas a
inovarem rapidamente as suas técnicas de gestão.
Os produtos rapidamente se tornam commodities,
quer em termos de características intrínsecas do próprio produto, quer pelo
preço, pelo que cada vez mais a aposta na diferenciação deve passar pela otimização
dos serviços, superando a expectativa de seus clientes com atendimentos rápidos
e eficazes.
O tempo em que as empresas apenas se
orientavam para vender os seus produtos, sem preocupação com as necessidades e
satisfação dos clientes, terminou.
Hoje, já não basta satisfazer, é necessário encantar.
Os consumidores são cada vez mais exigentes em qualidade, rapidez e
sensíveis aos preços, obrigando as empresas a uma eficiente e eficaz gestão de
compras, gestão de produção, gestão logística e gestão comercial. Tendo
consciência desta realidade e dos avanços tecnológicos na área da informação, “é necessária uma metodologia que consiga
planejar, implementar e controlar da maneira eficaz e eficiente o fluxo de
produtos, serviços e informações desde o ponto de origem (fornecedores), com a
compra de matérias primas ou produtos acabados, passando pela produção,
armazenamento, stockagem, transportes, até o ponto de consumo (cliente)” (Alves,
Alexandre da Silva; 2008).
De forma simplificada podemos identificar este fluxo no conceito de logística.
No entanto, o conceito de logística
tem evoluído ao longo dos anos.
A partir da década de 80 surgiu o conceito de logística integrada “impulsionada principalmente pela revolução
da tecnologia de informação e pelas exigências crescentes de desempenho em
serviços de distribuição”.
Bom, mas aí, já é assunto para um novo artigo.
Se você quiser, colha esse artigo, imprima-o e anexa-o à sua apostila.
O
saber dignifica.
Um forte abraço a todas e todos!
Do mestre cada vez mais consciente de que o trabalho tem de ser feito
integralmente,
C.R.Mettitier – Tatuí-SP.
quinta-feira, 8 de agosto de 2013
Definição do termo Administração
A Administração ou Gestão é a ciência social que estuda e sistematiza as práticas
usadas para administrar.
O termo "administração" vem do latim administratione, que significa direção, gerência. Ou seja, é o
ato de administrar ou gerenciar negócios,pessoas ou recursos,
com o objetivo de alcançar metas definidas.
É uma área do conhecimento
fundamentada em um conjunto de princípios, normas e funções elaboradas
para disciplinar os fatores de produção,
tendo em vista o alcance de determinados fins como maximização de lucros ou adequada prestação de serviços públicos.
Pressupõe a existência de uma instituição a ser gerida, ou seja, uma organização
constituída de pessoas e recursos que se relacionem num determinado ambiente,
orientadas para objetivos comuns.
A Administração é frequentemente tomada como sinônimo de Administração de Empresas. Porém, isto
somente faz sentido se o termo empresa for considerado como sinônimo de organização, que significa os esforços
humanos organizados, feitos em comum, com um fim específico, um objetivo. O
adequado é considerar a Administração de Empresas subárea da Administração, uma
vez que esta trata de organizações que podem ser públicas,sociedades de economia mista ou privadas,
com ou sem fins lucrativos.
A necessidade de organizar os
estabelecimentos nascidos com a Revolução
Industrial, ocorrida na Inglaterra em meados do Século XIX, levou profissionais de
outras áreas mais antigas, a exemplo da Engenharia,
a buscar soluções específicas para problemas que não existiam antes.
Assim, a aplicação de métodos de ciências diversas, para administrar estes
empreendimentos, deu origem aos rudimentos da Ciência da Administração.
Há autores que consideram a Administração uma área
interdisciplinar do conhecimento, uma vez que se utilizaria de métodos e
saberes de diversas ciências, como Contabilidade, Direito,Economia, Filosofia, Psicologia, Sociologia, etc.
Não se deve confundir a gerência de uma casa ou da vida
pessoal, que tem sua arte própria, porém empírica,
com a administração de uma instituição. A gerência corporativa requer
conhecimento e aplicação de diversos modelos e técnicas administrativas, ao
passo que a gerência pessoal pode ser feita por pessoas sem qualificações
adicionais. Como exemplo de
dependência da Ciência da Administração, para funcionar de forma empresarial,
estão as Instituições de Direito
Público ou Instituições de Direito Privado,
criadas, respectivamente, para finalidades sociais ou fins lucrativos.
Henri Fayol foi o primeiro a definir as funções
básicas do Administrador: prever, organizar,coordenar, comandar e controlar (POCCC). Além de Fayol, Frederick Taylor, Henry Ford eMax Weber contribuíram, com teorias, nos
primórdios da Administração.
Atualmente, sobretudo, com as contribuições da Abordagem Neoclássica da Administração,
em que um dos maiores nomes é Peter
Drucker, os princípios foram retrabalhados e são conhecidos como Planejar,
Organizar, Dirigir e Controlar (PODC).
Ressalta-se, então, que, destas funções, as que sofreram
transformações na forma de abordar foram "comandar e coordenar" que,
atualmente, são chamadas apenas de "dirigir" (Liderança).
Henry
Mintzberg contesta esta visão da
atuação do Administrador, dividida em funções processuais, propondo que este
atue, na verdade, exercendo diversos papéis, sendo estes interpessoais (papel
de líder, de contato e aquele ligado à imagem de chefe), informacionais (papel
de monitor, de disseminador e de porta-voz) e decisionais (papel de
empreendedor, de manipulador de distúrbios, de alocador de recursos e de
negociador).
Discute-se se a Administração pode ser considerada uma
disciplina científica. Quando assim considerada, é um ramo das Ciências Sociais, tratando dos
agrupamentos humanos, mas com uma peculiaridade que é o olhar holístico, buscando a perfeita
sinergia entre pessoas, estrutura e recursos. Diferencia-se das ciências puras
por possuir um caráter prático de aplicação nas organizações.
Um dos princípios filosóficos da Administração diz: "A
Verdadeira Administração não visa lucro, visa bem estar social; o lucro é mera
consequência ".
A profissão de Administrador é, historicamente,
recente e foi regulamentada no Brasil em 9
de setembro de 1965, data em que se comemora o Dia do Administrador. A Semana do
Administrador instituída pelo Adm. Gaston Schwabacher, é comemorada dos dias 2
a 9 de setembro, onde são homenageados feitos administrativos éticos.
Como elo
entre os recursos e os objetivos de uma organização, cabe ao profissional da
Administração combinar os meios na proporção adequada, sendo, para isso,
necessário tomar decisões constantemente num contexto de restrições, pois,
nenhuma organização dispõe de todos os recursos e a capacidade de processamento
de informações do ser humano é limitada. Administrar envolve a
elaboração de planos, pareceres, relatórios, projetos, arbitragens e laudos, em que é exigida a aplicação
de conhecimentos inerentes às técnicas de Administração.
De acordo com Jucélio Paiva (2011, pág. 12), "Administrar é o processo de dirigir
ações que utilizam recursos para atingir objetivos. Embora seja importante em
qualquer escala de aplicação de recursos, a principal razão para o estudo da
Administração é seu impacto sobre o desempenho das organizações. É a forma como
são administradas que torna as organizações mais ou menos capazes de utilizar
corretamente seus recursos para atingir os objetivos corretos".
Segundo John W. Riegel, "o êxito do desenvolvimento de Executivos em uma empresa é resultado, em
grande parte, da atuação e da capacidade dos seus Gerentes no seu papel de
educadores. Cada superior assume este papel quando ele procura orientar e
facilitar os esforços dos seus subordinados para se desenvolverem".
..............................................................................................................
Quero sugerir aqui aos meus alunos que após leitura criteriosa desse artigo, façam um pequeno resumo do mesmo e me apresente como trabalho escolar. Irá ajudar na média final do curso. Esse trabalho para os que fizerem e entregarem valerá 5 (cinco) pontos na média (somarei os 5 (pontos) e subtrairei novamente a média. Ajuda muito essa "colher de chá".
quarta-feira, 7 de agosto de 2013
O que saber antes de optar pela Logística
LOGÍSTICA: TER OU NÃO TER?
Por: Fernando G. R. Trigueiro – Coordenado do Curso de pós graduação em logística Empresarial da FCAP/UPE
Na era das negociações eletrônicas, quando a eficiência na entrega de produtos e na realização de serviços se transformou em fator decisivo de competitividade, o mercado se rende ao conhecimento estratégico investindo cada vez mais, em mão-de-obra qualificada, como forma de reduzir custos e se destacar no ambiente em que atua. A procura por profissionais especializados em logística e com visão holística nunca foi tão expressiva quanto hoje. Tal fato tem contribuído para que a logística também conquiste seu lugar nas universidades, em grupos de estudo e principalmente nas empresas, gerando importantes discussões para o desenvolvimento logístico das regiões do pais, em busca da almejada competitividade global. Na área acadêmica, a descoberta do potencial da logística e da necessidade de mão de obra especializada, tem resultado na criação de cursos de especialização.
As empresas tem utilizado a logística como forma de diferenciação junto ao mercado, tentando satisfazer os clientes ao menor custos. Para isso e com o incentivo cada vez maior do governo as exportações é preciso algumas melhorias para permitir maior agilidade dos processos logísticos, entre elas podemos citar:
- Aumentar a malha ferroviária, além de recuperar a já existente para complementar as demais modalidades de transportes;
- Diminuir desperdício na armazenagem;
- Organizar a logística conforme previsão de variabilidade de demanda;
- Utilizar portos unicamente para distribuição e não como armazenagem;
- Acelerar a recuperação da malha rodoviária. Estradas esburacadas;
- Burocracia
- Falta de regras claras para investimento privado -PPP(Parceria-Publico-Privado
- Demora nos Postos Fiscais
Essas e outras mais levarão com certeza ao aumento da competitividade das empresas, pois permitirão as mesmas cumprir a máxima da logística que é colocar o produto certo, no lugar certo, no tempo certo ao menor custo e com satisfação do cliente
Fernando G. R. Trigueiro - Engenheiro, Diretor da Focus Consultoria & Treinamento, Coordenado do Curso de pós graduação em logística Empresarial da FCAP/UPE. Consultor em logística e SCM.
Resumo:
Segundo agencia Nacional de transporte terrestre
Transporte por terra: Rodovias= 62%
Ferrovias= 21%
Demais= 12%
Malha rodoviária do Pais: 1,74 milhão de km , sendo menos de 10% pavimentado.
Fonte Coppead-RJ(Veja especial-outubro2004)-Os nós no meio do caminho
SINGAPURA
|
ROTERDÃ- HOLANDA
|
BRASIL
| |
Contêiner movimentados
|
100/h
|
60/h
|
40/h
|
Custo em dólar
|
70,00
|
100,00
|
250,00
|
Apenas para manter estoque se gasta 1,2 bilhão dólares/ano.
Quantia equivalente é paga em multas pelo atraso nos portos
Ferramentas Gerenciais - O Portal da Administração na Web - Artigos para consulta nas áreas de Administração Estratégica, Administração Geral, Marketing, Gestão da Qualidade, Estatística, Processos Decisórios, Logística, Meio Ambiente, E-commerce, Gestão com Pessoas, Vendas, Psicologia, Vendas, Negociação, Tecnologia da Informação, Empreendedorismo, comunicação, oratória e muito mais.
terça-feira, 6 de agosto de 2013
Todo mundo sabe disso: Eu sou Palmeirense!
Mas não posso, como professor comprometido com a arte de ensina e ensinar bem!, deixar de mostrar a lição de Logística que o timinho da Margina deu a todos os demais clubes do Brasil.
Essa jornada começou quando o time caiu para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro.
Um elemento chamado Andres assumiu a presidência do clube e, com isso, começaram também as mudanças.
Esse artigo nos ajuda a entender como unir os pontos e fazer uma empresa em decadência subir para os "píncaros da glória".
Vejam isso!
Há cinco importantes lições que a equipe de futebol do Corinthians tem a legar ao mundo corporativo: efetividade, liderança, trabalho em equipe, marketing e paixão.
1. Efetividade
O mundo corporativo é muito preocupado com eficiência e eficácia. A eficiência pode ser definida como “fazer certo as coisas” e está associada ao respeito às normas e padrões, ao preenchimento de relatórios, à redução de custos sem comprometer a qualidade. Já a eficácia significa “fazer a coisa certa”, com foco exclusivo no objetivo, muitas vezes sem a devida atenção para com os processos. Assim, um vendedor pode visitar uma dezena de clientes em um dia, mostrando-se muito eficiente. Porém, se não fechar negócio algum, terá sido ineficaz. A efetividade é a união de ambos. A eficiência procura otimizar recursos, a eficácia busca atingir metas e a efetividade objetiva o resultado.
A equipe do Corinthians, sob o comando do técnico Tite, exemplifica bem esta tese. Em 188 jogos, teve um aproveitamento de 62% dos pontos disputados. Não é um número excepcional, mas o suficiente para levar a equipe à conquista de diversos torneios. Em 118 partidas (63% do total), o time venceu ou foi derrotado por apenas um gol de diferença ou empatou sem gols ou pelo placar mínimo. Desta forma, tornou-se um time difícil de ser batido, que marca muito bem, vende caro a derrota ou faz o mínimo necessário para vencer. Não joga bonito, mas levanta o troféu. Fazendo uma analogia, a seleção brasileira dirigida por Telê Santana nas Copas de 1982 e 1986 praticava o futebol-arte, mas como legado deixou apenas saudade...
Por isso, lembre-se: sua empresa pode ser bonita, bem organizada, com produtos e serviços excepcionais, um clima organizacional edificante e uma série de outros predicados. Porém, se a última linha do balanço não for de um azul reluzente, sua existência estará ameaçada.
2. Liderança
A vexatória eliminação do Corinthians para o colombiano Tolima, na pré-Libertadores de 2011, poderia ter marcado o fim de um período glorioso que estava por se iniciar. Naquela ocasião, a diretoria decidiu manter o técnico, contrariando a praxe de dispensar o treinador – algo similar a demitir o líder no mundo corporativo quando os resultados não aparecem no curto prazo.
Além disso, é função das lideranças combater a vaidade – iniciando pela própria. O líder deve ser um guia, um condutor e um mentor. Mas também deve ser enérgico, tomando decisões difíceis e até impopulares, afastando alguém do elenco ou mesmo punindo quando necessário. O líder deve ser exemplar – mas também inspirador.
3. Trabalho em equipe
O sucesso empresarial assemelha-se aos esportes coletivos na busca pela consagração. O êxito não é resultado de um indivíduo – o dono, o presidente, o diretor, o melhor vendedor – mas de todo o grupo. A maior rentabilidade, a redução dos índices de desperdício, o zero acidente, um elevado share of mind, tudo decorre do trabalho em equipe.
Da atual equipe do Corinthians, nenhum atleta integra o elenco da seleção brasileira. E praticamente não há titulares absolutos: a luta por um espaço no time é travada diuturnamente, a cada treino, a cada jogo.
Acrescente-se, ainda, que é necessário dar-se “tempo ao tempo”. Uma equipe não é simplesmente constituída, mas desenvolvida. Assim, a derrota para o Santos na final do campeonato paulista de 2011, foi parte do processo que culminaria com o título invicto da Libertadores 2012 e o Mundial Interclubes.
4. Marketing
O rebaixamento para a série B, em 2007, poderia configurar um período nefasto para os negócios do clube. Porém, foi o início de um processo de construção de marca que redundaria em recordes de público nos estádios, contratos milionários com a TV, novos patrocinadores, vendas de camisas e outros produtos via licenciamento, além de iniciativas inovadoras como patrocínios pontuais para jogos em finais de torneios e a venda de espaço publicitário nas axilas da camisa para o desodorante Avanço, elevando o faturamento até tornar-se o mais elevado entre todos os clubes do país.
E você, como tem cuidado do marketing de sua empresa? Lembre-se de Henry Ford: “Se eu tivesse um único dólar, investiria em propaganda”.
5. Paixão
Da Democracia Corintiana de 1982, passando pela campanha na série B até a Invasão do Japão em 2012, um ingrediente sempre esteve presente: a devoção do torcedor ao time. Como um casamento, nos bons e nos maus momentos, o “fiel” torcedor, reunido em um “bando de loucos”, sempre esteve presente, numa paixão que transcende os campos de futebol, invade as ruas no Carnaval, veste uniformes e canta hinos.
Seus colaboradores são igualmente apaixonados por sua companhia? Consomem seu produto, indicam seu serviço e defendem com afinco sua empresa? E seus consumidores, são os maiores propagadores de sua marca?
Alcance esta grau de satisfação e reconhecimento para conquistar seu maior título: a liderança em seu mercado.
.......................................................................................
* Tom Coelho é educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 17 países. É autor de “Somos Maus Amantes – Reflexões sobre carreira, liderança e comportamento” (Flor de Liz, 2011), “Sete Vidas – Lições para construir seu equilíbrio pessoal e profissional” (Saraiva, 2008) e coautor de outras cinco obras. Contatos através do e-mail tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.
“Atrás desse cara ponderado, tem um cara intenso no que faz, apaixonado até demais.”
(Adenor Leonardo Bacchi, o Tite)
Há cinco importantes lições que a equipe de futebol do Corinthians tem a legar ao mundo corporativo: efetividade, liderança, trabalho em equipe, marketing e paixão.
1. Efetividade
O mundo corporativo é muito preocupado com eficiência e eficácia. A eficiência pode ser definida como “fazer certo as coisas” e está associada ao respeito às normas e padrões, ao preenchimento de relatórios, à redução de custos sem comprometer a qualidade. Já a eficácia significa “fazer a coisa certa”, com foco exclusivo no objetivo, muitas vezes sem a devida atenção para com os processos. Assim, um vendedor pode visitar uma dezena de clientes em um dia, mostrando-se muito eficiente. Porém, se não fechar negócio algum, terá sido ineficaz. A efetividade é a união de ambos. A eficiência procura otimizar recursos, a eficácia busca atingir metas e a efetividade objetiva o resultado.
A equipe do Corinthians, sob o comando do técnico Tite, exemplifica bem esta tese. Em 188 jogos, teve um aproveitamento de 62% dos pontos disputados. Não é um número excepcional, mas o suficiente para levar a equipe à conquista de diversos torneios. Em 118 partidas (63% do total), o time venceu ou foi derrotado por apenas um gol de diferença ou empatou sem gols ou pelo placar mínimo. Desta forma, tornou-se um time difícil de ser batido, que marca muito bem, vende caro a derrota ou faz o mínimo necessário para vencer. Não joga bonito, mas levanta o troféu. Fazendo uma analogia, a seleção brasileira dirigida por Telê Santana nas Copas de 1982 e 1986 praticava o futebol-arte, mas como legado deixou apenas saudade...
Por isso, lembre-se: sua empresa pode ser bonita, bem organizada, com produtos e serviços excepcionais, um clima organizacional edificante e uma série de outros predicados. Porém, se a última linha do balanço não for de um azul reluzente, sua existência estará ameaçada.
2. Liderança
A vexatória eliminação do Corinthians para o colombiano Tolima, na pré-Libertadores de 2011, poderia ter marcado o fim de um período glorioso que estava por se iniciar. Naquela ocasião, a diretoria decidiu manter o técnico, contrariando a praxe de dispensar o treinador – algo similar a demitir o líder no mundo corporativo quando os resultados não aparecem no curto prazo.
Além disso, é função das lideranças combater a vaidade – iniciando pela própria. O líder deve ser um guia, um condutor e um mentor. Mas também deve ser enérgico, tomando decisões difíceis e até impopulares, afastando alguém do elenco ou mesmo punindo quando necessário. O líder deve ser exemplar – mas também inspirador.
3. Trabalho em equipe
O sucesso empresarial assemelha-se aos esportes coletivos na busca pela consagração. O êxito não é resultado de um indivíduo – o dono, o presidente, o diretor, o melhor vendedor – mas de todo o grupo. A maior rentabilidade, a redução dos índices de desperdício, o zero acidente, um elevado share of mind, tudo decorre do trabalho em equipe.
Da atual equipe do Corinthians, nenhum atleta integra o elenco da seleção brasileira. E praticamente não há titulares absolutos: a luta por um espaço no time é travada diuturnamente, a cada treino, a cada jogo.
Acrescente-se, ainda, que é necessário dar-se “tempo ao tempo”. Uma equipe não é simplesmente constituída, mas desenvolvida. Assim, a derrota para o Santos na final do campeonato paulista de 2011, foi parte do processo que culminaria com o título invicto da Libertadores 2012 e o Mundial Interclubes.
4. Marketing
O rebaixamento para a série B, em 2007, poderia configurar um período nefasto para os negócios do clube. Porém, foi o início de um processo de construção de marca que redundaria em recordes de público nos estádios, contratos milionários com a TV, novos patrocinadores, vendas de camisas e outros produtos via licenciamento, além de iniciativas inovadoras como patrocínios pontuais para jogos em finais de torneios e a venda de espaço publicitário nas axilas da camisa para o desodorante Avanço, elevando o faturamento até tornar-se o mais elevado entre todos os clubes do país.
E você, como tem cuidado do marketing de sua empresa? Lembre-se de Henry Ford: “Se eu tivesse um único dólar, investiria em propaganda”.
5. Paixão
Da Democracia Corintiana de 1982, passando pela campanha na série B até a Invasão do Japão em 2012, um ingrediente sempre esteve presente: a devoção do torcedor ao time. Como um casamento, nos bons e nos maus momentos, o “fiel” torcedor, reunido em um “bando de loucos”, sempre esteve presente, numa paixão que transcende os campos de futebol, invade as ruas no Carnaval, veste uniformes e canta hinos.
Seus colaboradores são igualmente apaixonados por sua companhia? Consomem seu produto, indicam seu serviço e defendem com afinco sua empresa? E seus consumidores, são os maiores propagadores de sua marca?
Alcance esta grau de satisfação e reconhecimento para conquistar seu maior título: a liderança em seu mercado.
.......................................................................................
* Tom Coelho é educador, conferencista e escritor com artigos publicados em 17 países. É autor de “Somos Maus Amantes – Reflexões sobre carreira, liderança e comportamento” (Flor de Liz, 2011), “Sete Vidas – Lições para construir seu equilíbrio pessoal e profissional” (Saraiva, 2008) e coautor de outras cinco obras. Contatos através do e-mail tomcoelho@tomcoelho.com.br. Visite: www.tomcoelho.com.
Assinar:
Postagens (Atom)