Amadas e amados:
Vamos a um novo artigo: vamos falar um
pouco sobre um assunto interessante (aliás, se não fosse interessante e
necessário eu nem me atreveria a perder tempo escrevendo e publicando).
Vamos falar sobre o timing logístico.
Então vamos ao que interessa:
A gestão da cadeia logística, (do inglês: Supply Chain Management), também
conhecida como gestão da cadeia de suprimentos, ou, gestão da cadeia
de fornecimento, pipeline logístico ou rede
logística, tem, desde o final dos anos 1980, adquirido bastante popularidade,
apesar de existir uma grande confusão sobre o seu significado. Muitas pessoas
utilizam esta noção como um substituto ou sinônimo de logística. No entanto, a definição de gestão da cadeia logística é
mais abrangente que o conceito de logística.
A gestão da cadeia
logística é a integração dos processos do negócio do consumidor através
dos fornecedores de produtos, serviços e informação, com o objetivo de
acrescentar valor para o cliente (Lambert et al., 1998, p. 504). Na cadeia logística
padrão as matérias-primas são procuradas e os bens são produzidos em
uma ou mais fábricas, transportadas para armazéns como armazenamento
intermédio (ou intermediário), e depois transportadas para os retalhistas (ou vendedores, que são os profissionais da área de vendas responsáveis l pela troca de um produto ou serviço por um determinado valor) ou clientes.
As estratégias utilizadas para obter uma cadeia
logística eficaz consideram as interações entre os vários níveis da cadeia
logística, de forma a reduzir o custo e melhorar o serviço prestado.
A cadeia logística consiste nos fornecedores,
centros de fabricação, armazéns e centros de distribuição, assim como matérias-primas,
produtos no processo de fabricação, e produtos finais que circulam entre as
fábricas.
Assim a gestão da
cadeia logística consiste numa série de aproximações utilizadas para integrar eficazmente fornecedores,
fabricantes e lojas, para que a mercadoria seja
produzida e distribuída nas quantidades ideais, na localização certa
e no tempo correto, com o objetivo de satisfazer o nível de serviço e diminuir
os custos ao longo do sistema (Simchi-Levi et al., 2003, p. 1).
A cadeia logística
não é composta apenas de movimentação de produtos físicos entre empresas.
Envolve, também, o fluxo de informação e
capitais entre as mesmas companhias.
“A comunicação é
um fator chave para a manutenção e gestão da cadeia logística. Os membros da
cadeia logística têm de fazer tudo o que estiver ao seu alcance para melhorar
as operações da cadeia, pois são essas medidas que permitem reduzir os custos e
aumentar as receitas” (Fredendall et al., 2001, p.
4).
Como se dá a evolução da Cadeia Logística?
Vamos entender que a cadeia logística seja o
grupo de fornecedores que supre as necessidades de uma empresa na
criação e no desenvolvimento dos seus produtos.
Pode ser entendida também como uma forma de colaboração entre fornecedores,
retalhistas e consumidores para a criação de valor.
Cadeia logística pode ser definida como o ciclo da vida dos processos que
compreendem os fluxos físicos, informativos, financeiros e de conhecimento,
cujo objetivo é satisfazer os requisitos do consumidor final com produtos e serviços de
vários fornecedores ligados. A cadeia logística, no entanto, não está
limitada ao fluxo de produtos ou informações no sentido Fornecedor → Cliente.
Existe também um fluxo de informação, de reclamações e de produtos, entre
outros, no sentido Cliente → Fornecedor (Ayers, 2001, p. 4-5).
As empresas e organizações começaram
a captar e a adotar a mensagem logística apenas nos primórdios do século XX (Carvalho
et al., 2004, p. 52).
Nos anos 1960, a logística tinha, principalmente,
uma vertente operacional, isto é, era vista como sistema de
atividades integradas. Nos anos 1970, passou a ser caracterizada por ter uma
área funcional e estratégica. Já nos anos 1980, a logística passa a ser vista
como serviço; começam a aparecer os sistemas logísticos de informação e
a logística como pipeline total e, nos anos 1990 surge a gestão da
cadeia logística (Carvalho, 2002, p. 32). Finalmente, na atualidade, a
função logística interage basicamente com quatro setores das empresas:
a)
marketing,
b)
finanças,
c)
controle da produção e
d)
gestão de recursos
humanos criando assim, uma rede logística (Gomes et
al., 2004, p. 15).
No entanto, em pleno século XXI, o conhecimento, exploração e
aplicação empresarial da logística, ainda estão longe dos tempos da logística
aplicada em estratégias de guerra (Carvalho et al., 2004, p. 52).
Cadeia logística
interna
A cadeia logística interna é a parte da
cadeia logística que ocorre no interior de uma organização (Handfield,
2002, p.48-49).
Dada a organização de estruturas internacionais,
mutidivisionais, em muitos negócios, é habitual a cadeia logística interna ter
ligações espalhadas pelo mundo, podendo, por isso, estas cadeias serem
complexas.
De modo a desenvolver e compreender a cadeia
logística interna é necessário recorrer à gestão da cadeia logística (SCM). Por
vezes, os funcionários de uma dada divisão da empresa, veem as outras divisões
da mesma empresa do mesmo modo como veem os consumidores ou os fornecedores; essa
visão, por vezes, causa conflitos entre as várias divisões de uma mesma empresa.
A utilização e desenvolvimento de mapas de processo
(cartas de fluxo) ajudam a melhor compreender a cadeia logística interna das
cadeias logística maiores. Este desenvolvimento é mais eficaz se forem
utilizadas equipes com elementos das várias divisões.
De modo a facilitar o processo de mapeamento das atividades,
cada membro da equipa deve receber instruções acerca da convenção de mapeamento
a ser utilizada, bem como outras informações necessárias. Cada membro da equipa
deve registrar cada passo da parte da cadeia logística que representa,
juntamente com informações de desempenho.
Após todos os passos terem sido registrados pelos membros da equipe, essas informações
recolhidas são expostas numa reunião com todos os membros, de modo a proceder à
elaboração do mapa da cadeia de fornecimento interna.
O comprador definitivamente passa a ter total
visualização de todo o processo.
Participantes na
cadeia logística
A cadeia logística é composta por grupos básicos de
participantes. É composta pelos seus clientes e fornecedores, criando assim uma
cadeia logística simples. As cadeias logísticas prolongadas contêm os
fornecedores dos fornecedores, ou os fornecedores finais, no início da cadeia
logística prolongada. Contém, também, os clientes dos clientes, ou os clientes
finais, no final da cadeia logística prolongada assim como empresas que
fornecem serviços a outras empresas da cadeia logística. Estas fornecem serviços
em logística, finanças, marketing e informações tecnológicas.
Figura 1 Um diagrama da cadeia logística. A seta preta
acima representa o fluxo de materiais e a seta cinzenta abaixo representa o
fluxo de informação. Os elementos são (a) fornecedor final, (b) fornecedor, (c)
produtor, (d) cliente, (e) cliente final.
Existem empresas na cadeia logística que
desempenham funções diferentes. Umas empresas são produtores, distribuidores ou revendedores;
outras empresas ou individuais são clientes (consumidores finais de um determinado
produto). Suportando essas empresas existem outras que lhes proporcionam os
serviços necessários (Hugos, 2003, p. 23-24).
Produtores
Os fabricantes de produtos são empresas que
produzem matérias-primas e empresas que fabricam produtos finais. Os produtores
de matérias-primas são organizações que exploram as minas para obterem os minerais,
realizam as perfurações na superfície terrestre para obter petróleo ou gás ou
procedem ao corte de árvores. Estas organizações são das mais variadas
áreas, tais como: de agricultura, criação de animais ou pesca.
Esses fabricantes de produtos finais usam as matérias-primas ou subconjuntos
dos outros produtores para criarem os seus próprios produtos.
Os fabricantes podem criar produtos considerados “ativos
intangíveis” como: a música, entretenimento, software ou projetos.
Um produto pode ser um serviço como: cortar a grama, limpar um escritório, efetuar
uma cirurgia ou ensinar uma dada matéria (Hugos, 2003, p. 24).
Distribuidores
Os distribuidores são conhecidos como revendedores.
Buscam, em grande volume, stocks aos
produtores para entregar aos clientes, ou seja, vendem os produtos em
quantidades superiores às que um consumidor normalmente compra. Os
distribuidores protegem os produtores das flutuações da procura de um produto
com o armazenamento de stocks.
Para o cliente, o distribuidor entrega o produto onde e quando eles desejam ou
necessitam.
O distribuidor é, particularmente, uma organização
que controla stocks de
produtos, que compra de produtores e depois vende a consumidores. Esta
organização tem várias funções, como promoção e vendas do produto,
administração de stocks,
operações de armazenamento, transporte do produto, suporte ao cliente e serviço
pós-venda.
Um distribuidor pode ainda ser uma organização intermediária entre o
fabricante e o cliente, desempenhando, principalmente, as funções de promoção e
venda do produto, sem nunca tomar posse dele. Em ambos os casos, enquanto que
as exigências dos clientes evoluem e a escala de produtos disponíveis muda, o
distribuidor é o agente que, continuamente segue as necessidades do cliente e
as combina com os produtos disponíveis (Hugos, 2003, p. 24-25).
Retalhistas
Os retalhistas são uma organização que controla de
perto as preferências e a procura dos clientes. Eles armazenam os estoques e
vendem em quantidades pequenas ao público geral.
Utilizam uma combinação de preços,
seleção do produto, serviço e conveniência, para atrair os clientes. Existem
lojas que oferecem uma linha única de produtos e altos níveis de serviço e
existem outras, como restaurantes de fast-food que utilizam a
conveniência e preços baixos como principal atração (Hugos, 2003, p. 25).
Clientes
Clientes ou consumidores são organizações que
compram ou usam determinados produtos. Um consumidor pode comprar um produto com
o objetivo de incorporar em outro, vendendo posteriormente a outro cliente. Por
outro lado, o cliente pode ser o utilizador/consumidor final do produto (Hugos,
2003, p. 25).
Fornecedores de
serviços
Os fornecedores de serviços são organizações que
fornecem serviços aos produtores, distribuidores, retalhistas e clientes.
Desenvolvendo uma perícia especial que se centra numa atividade particular da
cadeia logística, por essa razão desempenham os serviços mais eficientemente e
a um preço melhor que os produtores, distribuidores, retalhistas ou
consumidores poderiam fazer por si próprios.
Os fornecedores de serviços proporcionam diferentes
tipos de prestações como:
a.
Serviço de
transporte e armazenagem;
b.
Empréstimos e análise
de crédito;
c.
Pesquisa de mercado e consultoria;
d.
Projetos do produto,
serviços de engenharia, serviços legais e conselhos de gestão;
e.
Informações
tecnológicas e recolha de dados.
Todos estes fornecedores estão integrados nas
operações dos produtores, distribuidores, retalhistas e consumidores da cadeia
logística.
Ao longo do tempo, as necessidades da cadeia
logística permanecem, no conjunto, razoavelmente estáveis. O que muda é a
mistura dos participantes na cadeia logística, assim como os seus papéis. Em
algumas cadeias logísticas existem poucos fornecedores de serviços porque os
outros participantes desempenham estes serviços. Noutras cadeias logísticas, os
fornecedores de serviços especializados evoluíram, e, por isso, os outros
participantes recorrem à sua prestação em vez de realizarem a tarefa por si
próprios (Hugos, 2003, p. 26).
Vou encerrar esse artigo aqui para que ele não
fique muito extenso e interrompa o seu interesse.
Mas há muito mais coisas a serem vistas nessa área
e que voltarei logo mais com novos artigos.
Fiquem atentos.
C.R.Mettitier
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